quinta-feira, 11 de abril de 2013

Marco Feliciano desafia: só sai se mensaleiros deixarem a CCJ


Líderes partidários se reuniram por duas horas com o parlamentar, que reafirmou que não renunciará da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Como já era esperado, as quase duas horas de reunião para tentar convencer o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) a renunciar à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara não tiveram efeito. Mesmo após a insistência dos líderes partidários e também do presidente da Câmara para que Feliciano deixe o comando da comissão, o parlamentar manteve-se irredutível. A conversa, realizada no fim da manhã desta terça-feira, resultou em apenas uma mudança: as reuniões presididas pelo parlamentar voltarão a ser abertas ao público.
De acordo com Ivan Valente, líder do PSOL, Feliciano disse que renuncia com apenas uma condição: se João Paulo Cunha e José Genoino, ambos do PT de São Paulo, deixarem de integrar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os dois parlamentares foram condenados no julgamento do mensalão e podem perder o mandato ainda neste ano.
Eleito legitimamente, o diálogo é a única forma que os deputados têm para convencer Feliciano a renunciar. No encontro, agendado há duas semanas pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), representantes de alguns partidos, como do PSOL, do PT e do PPS, fizeram o apelo por um novo comando. Além desses partidos, grupos pedem a renúncia de Feliciano sob a acusação de que o parlamentar manifestou opiniões racistas e homofóbicas
Feliciano, porém, voltou a reafirmar que permanecerá à frente da CDH. “A maioria dos líderes mostrou-se favorável para que eu fique. Não há nada errado no regimento”, afirmou. O deputado disse ainda que emagreceu seis quilos desde que assumiu a comissão – e que está contente com isso.
Sessões abertas – No encontro com o colegiado, Henrique Alves determinou que as sessões da comissão voltem a ser realizadas a portas abertas. Na última quarta-feira, por causa dos protestos, Feliciano proibiu a entrada do público, permitindo acesso ao plenário apenas a jornalistas, assessores e deputados. A medida, no entanto, fere o regimento interno da Câmara.
Até então agindo com veemência pela renúncia de Feliciano, o presidente da Casa não comentou a decisão do colegiado. Em outras ocasiões, Alves chegou a classificar a permanência do parlamentar como “insustentável” e lamentou as vezes que ele afirmou que não deixaria o posto.
Veja via jornal da missão

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